«No dia seguinte ninguém morreu.»
Assim começa este romance de José Saramago. Colocada a hipótese, o autor desenvolve-a em todas as suas consequências, e o leitor é conduzido com mão de mestre numa ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor, e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência. Opinião: Achei este livro dotado de uma beleza ímpar, principalmente na parte referente ao romance entre a Morte e o Violoncelista.
A primeira parte do livro, em que o narrador discorre sobre as consequências de já ninguém morrer no país da história, é deveras lenta e cansativa, não obstante a magnífica técnica narrativa de Saramago. Na segunda parte, a acção centra-se num único homem que, simplesmente, não morria. A Morte acorre, para averiguar o problema e acaba por se afeiçoar ao violoncelista. É bonito, diferente, tocante. É um livro que nos faz reflectir.
Classificação da Beatrice: 8/10
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